quinta-feira, 2 de junho de 2011

Palavras de um futuro BOM





oi! São 04:30 da manhã e resolvi vir aqui botar as idéias pra fora e a cabeça no lugar, para ver se as coisas se ajeitem. Sei lá, ando meio preocupada com o futuro, não, não com o meu, tá bem confesso que um pouco com o meu também, mas com o futuro de todos, com o futuro dos próximos. Não é um futuro profissional nem nada disso, é com o caminho que as coisas da vida tão pegando, to com medo de tudo isso.

Ontem eram por volta das 3 da manhã, estava acordada fazendo meus projetos, pra variar, e comecei a escutar gritos, e batidas, meio apavorada resolvi olha pela janela o que estava acontecendo.

Lá em baixo no meio da rua tava acontecendo uma Mega briga, não pense que é exagero, foi feia a coisa mesmo. Sabe aquelas coisas que a gente vê na TV e fica horrorizado? É foi assim!

Eu não vou contar detalhes pq é meio chocante, mas vou contar apenas o final, eram dois guris atirados no meio da rua, sem mais ninguém na volta, eu disse NINGUÉM mesmo. Simplesmente a rua estava vazia. Toda aquela gente sumiu. Os que bateram desapareceram, logo percebi o motivo, a policia tava chegando e o mais engraçado, se é que pode ter alguma coisa de engraçada nisso, eles olharam os guris atirados no chão e saíram, deixaram eles lá. Sabe quando tu ta em choque com a situação? Eu não consegui atinar a nada, fazer coisa alguma. No momento só começo a passar um filme na minha cabeça, não da minha vida nem nada, mas da deles. Comecei a pensar que a mãe deles devia estar em casa dormindo não tendo a menor idéia que o filho tava jogado no chão, sabe-se Deus lá se vivo ou não, pensei em toda a família dele, pensei neles o que eles deviam ter feito, ou não, para estarem naquelas situações. Realmente resolvi não olhar o fim, que pra mim, pelo jeito que as coisas andavam, foi bem trágico. Fui me deitar.

Quem disse que eu conseguia dormir?

Nesse momento sim me lembrei do meu namorado, dos meus primos, dos meus tios, dos meus amigos, de todos.

Meu estômago tava na boca, sensação de impotência, de que a paz tinha ido embora.

Não vejo mais nas pessoas aquele amor pelo próximo, sim, vocês devem estar pensando ai, mas tu não fez nada para ajudar, eu fui chamar a ambulância já tinham chamado, não havia mais nada a fazer ali, ali não, do 13 andar!

Tenho medo de perder as pessoas que amo, tenho medo de como meus filhos vão viver, ou de como eu mesmo e meus amigos vamos viver futuramente.

Acredito muito ainda, mas com toda a certeza, que ainda existe muita gente boa nesse mundo, muita gente que faz o bem. Esse número é maioria, tem que ser, deve ser!

Só espero muito de coração, que as coisas mudem, pra melhor, é claro, para bem melhor!

Ainda acredito no amor, na paz, e em um futuro bom!


Ainda acredito....

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